Compreendo perfeitamente as razões para abominar redes sociais e não considero que, quem não queira lá estar (em especial no Facebook), não continue a ser uma pessoa de pleno direito. Aliás, acredito até que um bebé que nasça e cresça sem uma única foto colocada pelos seus pais no Facebook continua a existir e não passa a ser apenas um mito. O que eu não compreendo são aquelas páginas de Facebook que existem e que são de propriedade colectiva, apesar de serem perfis individuais, assim estilo Tânia&Virgulino, FamíliaRodovalho ou XanaZéTóePiriquito.
Não compreendo porque, se temos pachorra para fazer um perfil ou para navegar no ócio por vezes lamacento do Facebook, então também devíamos respeitar a individualidade e confiar no bom senso de cada um (sim, eu sei, bom senso e redes sociais nem sempre andam de mãos dadas). Se eu sou amigo do ZéTó, posso não partilhar a mínima afinidade com a Xana e não estar muito interessado em ver fotos do Piriquito. Por outro lado, se os posts da dupla, tripla, quadrilha sertaneja não vierem assinados, como é que eu sei se não se trata só de esquizofrenia?
Para além de toda esta panóplia de conflitos de interesse, a história de “falta de tempo” ou “é mais fácil gerir as coisas”, é apenas a cortina de fumo por detrás de conceitos tão simples como “desconfiança”, “perda de personalidade individual” ou, simplesmente “laivos de bimbalhice”. Como disse inicialmente, ninguém é obrigado a pertencer a qualquer tipo de rede social, nem ser discriminado por isso mesmo. No entanto, não perceber o contexto e, mesmo assim, querer participar numa visão distorcida da coisa é, por si só, chamar o ridículo para cima de si e, desse modo, colocar um foco onde podia apenas estar um legítimo vazio.
Completamente de acordo.
Aposto que essas pessoas são as mesmas que se tratam por mor/morzinho/bébé…etc